1 de setembro de 2009

Prazer, eu.



Adoro sair de uma conversa com um sorriso no rosto, sempre! adoro pessoas, jeitos, sorrisos, abraços - muitos, aliás! Adoro covalentes ligações - moleculares - e a palavra-chave delas: compartilhar! Precisávamos mais delas! Compartilhar alegrias, afeto, amor. Isso faz tanta falta.

Por isso adoro seguir as leis físicas, principalmente as do equilíbrio térmico, quem tem mais calor cede pra quem tem menos... Claro! Por que não? É tão bom passar um pouco de minhas alegrias, ou ouvir alguém empolgado com um projeto (não há como não se animar por difusão facilitada). Se soubéssemos equilibrar mais, quantas dores deixariam se ser vividas como explosões? Não quero guerra (até aceito discussões, especialmente aquelas que acabam com aquele abraço doce e forte que, embora não confessado, queria ser dado há um bom tempo), é só afeto que carecemos, não entendo porque ninguém vê isso.

Não economizo sentimentos, frases, falas, muito menos carinho. Pra mim, tudo são hipérboles, exageros bons, se bem utilizados. Só aceito emoções assumidas, usar 'mais ou menos' só na fórmula do filósofo Bháskara.Ou gosto, ou não. Melhor assim, ficar em cima do muro pode ser cômodo, mas ninguém alertou da monotonia e do cansaço de lá? É melhor optar, estar com quem queremos, com todas imperfeições, detalhes. Quero me sentir completa, e pra isso não preciso de tudo, ninguém se sente completo com tudo, no máximo fica perdido.

O que mais me incomoda são as fronteiras, no saber, no dividir, no aprender, na compreensão, e principalmente no amor. Pra quê tanto individualismo, é medo? Deve-se ter medo sim, mas apenas de nós mesmos e do quanto ainda nos privaremos e nos limitaremos. Começa-se a viver apenas quando há a descoberta que nosso único abismo está em nós!


11/set/2010